quinta-feira, 14 de junho de 2012

FRASES DE LALAU

Lalau ontem comentando o caso Yoki:


"Por isso que eu falei para o Fê: Eu podia tá matando, eu podia tá picando... mas eu estou aqui, só dando um chiliquinho!"

A IMPRESSÃO DIGITAL

Ontem foi jogo do Corinthians. Eu estava tão nervosa, quase não consegui me concentrar o dia inteiro. Quem me conhece sabe que eu tenho motivos muito fortes para desejar com todas as forças a morte do Santos. Não existe dor maior do que perder para o Santos. Ainda mais na Libertadores, nosso grande tabu. Estou evoluindo espiritualmente em várias searas, mas ainda não estou pronta para receber impassível a derrota do meu Corinthians na Vila Belmiro. Bom, mas não vou falar de futebol. Foi lindo e foi emocionante. Vi o jogo na casa da Lalau, que é uma querida e faz um verdadeiro QG corintiano. Junta os amigos, distribui vuvuzelas. Churrasco na varanda, cerveja e caipirinha. Depois da vitória ainda ficamos dançando no Knect. Lalau é uma dessas minhas amigas que são prova viva de que existem caras legais no mundo, e nem todos são narcisista cafajestes. Ela casou com o Fê (em uma cerimônia que foi um dos maiores PTs da minha vida). Quando eu digo que acredito em almas gêmeas quero dizer que existe uma pessoa certa para você, com todas suas particularidades e defeitos. Acredito que toda mulher tem o seu príncipe encantado. Um "príncipe" não vai ser necessariamente alguém caretinha, convencional, montado no tal cavalo branco. Afinal, nem todas nós somos Kates Middleton. A Lalau sempre foi uma garota visceral, intensa, passional. Dessas que faz tudo por inteiro e não tem problema nenhum de ser dramática. O Fê ama exatamente isso nela e permite que ela seja quem é. Já perdi a conta das vezes que saí com a Lalau (o que sempre significa que vamos extrapolar na quantidade de chopps) e liguei para o Fê de madrugada para avisar que ela ia dormir em casa porque tinha dado PT. Em 90% dos relacionamentos que conheço isso significaria uma crise de 15 dias e acusações vergonhosas de caráter. (Em muitos dos relacionamentos que eu tive, inclusive!) Mas com eles, nada. O Fê agradece, deseja boa noite e pede para eu avisar caso ela queira que ele a venha buscar de manhã. Os dois cultivam uma relação super bonita de confiança e cumplicidade, e por isso fazem parte do meu rol de casais favoritos. Acho muito triste quando vejo garotas tentando mudar por causa de algum cara. Já vi histórias de mulheres que abandonaram tudo aquilo que fazia delas, elas; e com o fim da relação perderam suas identidades, perderam a autoestima e a noção de mundo. Algumas mulheres querem tanto ser amadas que são capazes de fazer de tudo para isso. Acabam adotando comportamentos que acreditam ser o que se espera delas. E não existe nada mais violento do que negar a si mesma o direito de ser. Falo isso, mas não sou inocente. Eu mesma já fiz isso no passado. Quis tanto ser amada que neguei a mim mesma minha autenticidade. Consequentemente atraí para o meu lado quem nunca me mereceria (e por isso acabei desejando a morte do Santos). A melhor coisa que se pode oferecer a outra pessoa é quem você é. Inteira. O pacote inteiro. Sempre existirá quem veja nisso um impedimento, um defeito intransponível. Essas são as pessoas que nunca serão capazes de te fazer feliz. Agora vai ter aquele que vai te amar exatamente pelas falhas, pelos defeitos, pela impressão digital que te faz única e original. Ontem falei para o Fê, "Sabe Fê, fico muito feliz da Lalau ter encontrado um cara como você. Você é um ótimo marido para ela e fico feliz de saber que minhas amigas se casaram com caras legais. Mas o mais importante, sua maior qualidade: Você é corintiano!". O Fê, que é sempre querido, concordou: "Exatamente!  Vai ver se consegue fazer um bom casamento com um santista!?". É. Vai ver. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

FELIZ MEU DIA DOS NAMORADOS


Mais um Dia dos Namorados... houve tempo em que eu desejava atropelar casais apaixonados e tinha vontade de fazer engasgar com brownies em formato de coração quem me falasse sobre a data. Hoje, com os anos de maturidade, (agora “senhoura”) posso dizer que era puro ressentimento. Não existe nada mais triste do que uma pessoa ressentida pelo amor de outras. Que bom que não faço mais parte desse time. Não que eu esteja apaixonada, não estou - não por um ninguém em especial - mas o que pode dar uma certa depressãozinha nas pessoas, e o tal do ressentimento que eu sentia nos idos da minha juventude (bons tempos!), é a ideia de que a felicidade e o amor são provenientes de uma fonte limitada. Explico. Você só se ressente do amor de outro se acreditar que o fato de duas pessoas estarem apaixonadas reduz suas chances de amar e ser amada. Como se alguém estivesse usando a sua cota nesse latifúndio. Parece bobeira dito assim. E é. Amor é como Gremmlim, se reproduz quando jogado na água, se for alimentado depois da meia-noite. Hoje, quando vejo pessoas apaixonadas, fico esperançosa indeed. Sinal de que ainda não caímos todos no cinismo. Amor é contagioso. Quanto mais, melhor. Numa época em que tudo ficou tão banal, e levar relacionamentos superficiais virou até normal, eu me sinto aliviada de ver pessoas que ainda se amam, cultivam laços, declaram-se e são capazes de (grandes ou pequenas) demonstrações. Hoje em dia vejo mulheres que nem mais se ofendem se o cara não liga no dia seguinte. Verdade que desapego é uma evolução. Mas antes de tudo vem respeito, principalmente por si mesma. Cobrar respeito, cobrar consideração, cobrar carinho, virou sintoma de loucura. Quantas vezes ouvi amigas dizendo "Não vou falar isso porque ele vai achar que eu sou louca". Como boa corintiana admiro a capacidade de uma loucura sadia. Então eu acho lindo uma data em que as pessoas estão inundando o Instagram com fotos de coração, e postando músicas bregas no FB, e fazendo declarações de amor no Twitter. Porque eu sou caretinha em relação ao amor, e acho lindo escolher um dia para se permitir ser romântico, ser apaixonado, ser estupidamente ridículo em sua vulnerabilidade por outra pessoa. Se permitir ser vulnerável a outra pessoa. Acho que essas são as pessoas mais fortes. Eu e o amor, já tivemos nossa lua de mel, tivemos períodos de aflição e ceticismo. Mas eu sou uma romântica. Sempre volto para ele. Talvez não uma romântica de grandes gestos, ou declarações públicas; mas certamente daquelas que precisa de cilindro para mergulhar. Não gosto de ficar na superfície usando snorkel, quero tocar na areia do fundo do mar. Eu acredito em alma gêmea. Acredito em relações de verdade. Acredito em pessoas que buscam um tipo de cumplicidade e companheirismo que farão valer toda uma vida. Mas, acima de tudo, acredito que a maior relação de amor que temos é com nós mesmos. Enquanto eu não encontro meu grande amor, (para postar música do Fagner no FB e dividir brownie em formato de coração no jantar), eu digo feliz dia dos namorados para mim. Essa é a relação que vai me permitir ser vulnerável a outra pessoa. Vem ano, passa ano, todos os dias dos namorados, eu continuo apaixonada. Pela vida. 

domingo, 10 de junho de 2012

MILAGRES NO CAFÉ DA MANHÃ


Já estou de volta à São Paulo, aproveitando a inversão de horário que o jet leg me presenteou. Hoje acordei às 5h me sentindo a pessoa mais descansada do mundo! Fiquei brincando com a Holly na cama, meditei, li o jornal tomando café da manhã, arrumei a cozinha e estava agora respondendo os 2 milhões de emails entupindo minha caixa postal. Então lembrei de um detalhe importantíssimo que esqueci de contar!!! Meu hotel em Cape Town estava sendo usado também pela seleção sul-africana e a de Fiji de Rugby para concentração. Rugby é o esporte mais popular por lá e, só para se ter ideia do que isso significa, é a mesma coisa que você ficar hospedada com a seleção brasileira de futebol. Só que com jogadores bonitos. Porque os jogadores de rugby são muito gatinhos. Então é tipo, a seleção de futebol da Croácia (já viram a seleção da Croácia?). Por onde eu andava no hotel esbarrava nesses homens grandes, lindos e abstinentes para a concentração do jogo. Os de Fiji eram tão exóticos, com feições lindas e umas tatuagens muito interessantes em lugares estanhos (tô falando do cotovelo). No café da manhã, eu sentava sozinha bem de frente para a porta só para vê-los entrar. Automaticamente na minha cabeça tocava “You Sexy Thing” do Barry White (mas na voz do Hot Chocolate), e aqueles garotos lindos andavam em câmera lenta na minha direção. Homens musculosos em bando, concentrados para jogar, e eu uma mulher sozinha sentada de frente para eles. Todos abriam sorrisos amplos, com dentes impecáveis e diziam “Good morning!” no melhor estilo Joey Tribiani. E quando eu subia para o quarto, todos elevadores sempre tinham pelo menos 4 deles te esperando. Abria a porta e eles abriam espaço para eu entrar. A incomparável sensação de subir alguns andares rodeada por homens musculosos e suados que você SABE que estão te olhando. Yes! I do believe in miracles!
Para você sentir um gostinho de como foi, coloque um jogo de rugby em câmera lenta e dê play nesse vídeo. - Suspiro - Cafés da manhã nunca mais serão os mesmos!

sábado, 9 de junho de 2012

IN THE JUNGLE


E aqui vamos nós, para a floresta. Ok! Quando eu pensava em fazer um safari eu me imaginava em uma roupa caqui, com chapéu estiloso e acampando em barracas de lona verde oliva. Talvez eu ainda vá fazer um safari complete, desses que você se perde na savana por dias sem voltar para a civilização, mas na Sala VIP da África o melhor Safari que você pode fazer é um pouco diferente. Às 4h20 da manhã o telefone tocou com o motorista gritando que era hora de ir. Escova dente, enfia blusa, pega mochila e reza para a máquina fotográfica estar com bateria. Quando comecei a pesquisar o tipo de tour que eles ofereciam para safari, todos, em sua maioria, falavam de uma reserva chamada Aquila. Meu instinto estava dizendo que era roubada, e só por isso eu não fechei nenhum tour. Safari também é um tour mais caro. Custa em torno de R2000, ou  R$250,00. E já que estava rolando uma decepção de estar na sala VIP, então que pelo menos o Safari fosse bem autêntico. Foi fuçando que eu encontrei o Inverdoorn, uma reserva ambiental que promove Safari e também é um santuário de Cheetahs (que nada mais é do que um leopardo). Só a ideia de que eu poderia chegar perto e colocar a mão em uma cheetah, já me convenceu de que esse era o Safari que eu queria fazer. A Reserva de Inverndoorn é longe, foram 4 horas em uma van até chegarmos lá. Fizemos duas paradas em um frio absurdo para nos abastecer de café e donuts no caminho. Quando chegamos, o lugar também funciona como hotel e é maravilhoso. Ao lado da piscina havia um lounge com sofás e puffs aquecidos nos esperando, e chá, café e bolachinhas. Fiquei lá, me sentindo rica (impressionante como eu tenho o dom da primeira classe!!!), tomando Earl Grey, enquanto aguardávamos o guia que nos levaria. No grupo, um casal gay árabe (Sério! Entraram para o ról das coisa mais bizarras que já vi na vida!), um zimbabwense, um caboense, uma alemã e três brasileiros que vieram na mesma van que eu vim. Ter brasileiros + a que eu já conhecia no grupo significa um tanto a menos  de educação e classe automaticamente. Nada pessoal, vamos deixar claro! Os três eram muito gente boa. Um pouco novinhos demais, dois irmãos e o namorado da menina. Eles eram engraçados e divertidos. O único problema é que geralmente brasileiros se acham engraçados e divertidos demais e acabam perdendo o respeito pelo coletivo, falando muito alto, ignorando os limites. Houve alguns momentos que acabei perdendo explicações sobre o tour porque os 4 (os 3 adolescentes e a Manu) estavam tagarelando como se estivessem em uma cantina italiana. Tudo bem. Faz parte. O guia que dirigiu o Safari, no entanto, era um gato. Sem trocadilho. Um maravilhoso espécime de masculinidade. Queixo quadrado, mas com linhas suaves no rosto. Vegetariano. E quando ele tirou os óculos... Um par de olhos verdes esmeralda de te fazer perder a cabeça. Daqueles que fazem as mulheres em geral trocarem as letras, gaguejarem e uivarem para a Lua. Vou confessar que fiz muitos filminhos com o moço. Eu viria trabalhar na reserva ambiental e nós dois cuidaríamos da preservação das espécies e criaríamos nossas filhinhas ruivas e vegetarianas. Eu até conseguia vê-lo pegando a mais nova no colo e a esticando para alimentar a girafa. Uma linda família feliz! Não preciso dizer que passei o dia fazendo filminho da nossa família feliz enquanto ele nos levava para todos os lugares da reserva. A reserva resgata animais que são vítimas de tráfico ou de maus tratos, e ao mesmo tempo funciona como uma espécie de “banco de esperma”, mantendo machos e fêmeas para doar material genético para pesquisas e garantir a preservação das espécies. Logo de cara vimos um grupo de antílopes que estavam agrupados perto de um lago. Depois fomos para a reserva dos leões, que ficam em uma área separada (por motivos óbvios). Demos a volta em quase toda área antes de encontrar os danadinhos. Duas leoas e um leão, tranquilinhos buscando o Sol da manhã. Fomos orientados a não ficar de pé no carro ou fazer barulho, e o carro se aproximou até 50m dos bichinhos (mas com uma rota de fuga logo a frente). Um leão pode perseguir um animal de interesse (no caso nós, com nosso jipe) em uma velocidade de até 60Km/h por até 3Km. É um bom trecho de oração para que a máquina vença a natureza. Felizmente o leão não estava muito interessado na gente e ficava só olhando e bocejando. Depois do leão, voltamos para a reserva principal onde vimos uma série de viadinhos (da família dos antílopes), búfalos, zebras, hipopótamos, rinocerontes, girafas e tantos outros. O Eugène (meu futuro marido!) ia contando as particularidades de cada animal conforme parávamos para observar e falando de cada um deles com suas personalidades e história. Todos os animais da reserva tem nome. Ele disse que rhinos criam laços emocionais com humanos, e que um rinoceronte é capaz de lembrar de um acontecimento trágico que tenha testemunhado (por exemplo, um bebê rinoceronte que tenha testemunhado sua mãe sendo assassinada vai se lembrar do fato quando adulto) e chorar. Sei lá. Pode ser que eu seja muito bundona, mas não consigo entender como as pessoas continuam comendo carne mesmo depois de saber de uma coisa dessas. Mas como diz o ditado, ema, ema ema. Não vou julgar ninguém. Rinocerontes são muito visados por causa de seus chifres, que não têm valor nenhum e é exibido apenas como trófeu. Tipo, matar um bichinho lindo desses só para colocar um chifre na estante. Gente assim merecia um chifre em outro lugar... Depois do safari, voltamos para a base da reserva, que também funciona como um hotel 5 estrelas. Eles prepararam a sala da lareira com um buffet de almoço. Várias opções para os amiguinhos dos animais, como eu. Quando estava terminando o almoço vejo pela janela uma das voluntárias chegando com uma cheetah na coleira. Meu instinto Felícia foi para o nível 5 e eu voei pela porta tentando me conter para não pular em cima do leopardo e tomar uma unhada na cara. (Gosto muito de você, leopardinho!) Izzie, era o nome da cheetah, tem 9 meses e foi resgatada de uma casa onde ela era mantida como bichinho de estimação e sub-alimentada. Ainda dava para sentir as costelas saltando, mas ela estava feliz no novo lar. Ronronava muito alto. Eu não sabia que outros felinos, além dos gatos, eram capazes de ronronar, e a descoberta me deu vontade de espremer o gatinho, igual eu faço com a Holly. Não era permitido. Saco! Fiquei um tempão brincando com ela, acariciando o pêlo, coçando a barriga e deixando ela lamber minha mão. (Língua de cheetah é áspera igual a de gato. :-)) Tipo de coisa inacreditável que a gente passa. Fiquei flutuando entre o fascínio e a completa descrença de estar brincando com um animal selvagem, assim na minha frente. Sempre que vi imagens ou vídeos de felinos tinha vontade de pegar um no colo. E se a viagem toda para a África do Sul não tivesse valido de nada, só por esse momento eu empatava o jogo. O contato com os animais me desperta uma compaixão ainda maior pela vida, a natureza e o milagre de estar nela. Somos abençoados por viver nesse mundo rico, tão cheio de maravilhas e capaz de nos encantar irremediavelmente a cada segundo. Acho que é uma obrigação tomarmos um papel ativo e responsável na organização da vida. Preservação ambiental, a luta pelo bem estar dos animais, a manutenção das espécies, é muito mais do que um capricho ideológico. Eu enxergo como uma consequência coerente do caráter de cada um. Já dizia o ditado: Você conhece o caráter de uma pessoa pela maneira como ela trata os animais. Geralmente as pessoas consideram apenas os animais domésticos, cachorro, gato, papagaio. Eu, pessoalmente, acho a vida preciosa em todas as suas formas, e tento fazer minha parte com todo tipo de bicho. Sem nenhum juízo de valor. Tem gente que vai achar besteira, outros, pura demagogia. O importante para mim é ser verdadeira comigo. Eu presto contas do meu caráter para mim mesma. Quem sabe, o dia que eu ganhar na MegaSena, eu não me mude para o interior de Cape Town, trabalhe como voluntária em uma reserva, e ensine minhas filhinhas ruivas a alimentar girafas com as mãos. 

Os antílopes na relva.

Meu futuro marid... hum! O guia do safari.

Gosto muito de você, leãozinho.

Búfalos

Rinocerontes lindinhos.

Fiquei "Felícia" correndo atrás das girafas.

Olha a Glória do Madagascar!

Cheetahs em seu santuário.

Eu e a bebê cheetah. Ela ronronava igual a Holly. =)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

IN VINO VERITAS



Ninguém vem para a África do Sul e sai daqui sem tomar um bom vinho. A primeira vez que provei um vinho sul-africano foi há uns 10 anos atrás, em uma confraternização das meninas da FAAP em que todo mundo ficou bêbada. Tipo de cair. A balada começou comum jantar comportado no BOP (que depois virou Studio SP e depois virou sei lá o que, porque não saio mais à noite) e acabou no extinto Massivo (Nossa, tô tão denunciando idade com essa abertura de post...) e tudo o que eu lembro é da gente comemorando e erguendo os braços toda vez que alguém lembrava do rótulo do vinho. “Vinho de oncinha, UHUUUUU!!!”. O rótulo tinha estampa étnica e eu procurei várias vezes por esse vinho novamente e nunca achei. Talvez porque a natureza é sábia e nunca mais vai me permitir repetir o tal episódio. Tenho certeza que perdi uns 500 pontos orgulho pessoal naquela noite. (Orgulho? É de comer?) Então eu já sabia que aqui era um lugar para se considerar os vinhos. E também que eles têm uma uva própria, o Pinotage (um híbrido de Pinot Noir com outra que esqueci o nome, mas termina com “age”). Fiz várias pesquisas sobre tours para fazer degustação, mas não tinha achado nenhum que tivesse me passado confiança. No geral são todos o mesmo preço (R850, algo em torno de R$210) e dizem fazer as mesmas coisas. Vi alguns por quase a metade do preço, mas fiquei com medo de acabar em um ônibus cheio de mochileiros de dreads e descartei logo de cara. You buy cheap, you got cheap. Aqui no hotel e o guia do transfer ficavam tentando empurrar tours para a gente, mas a coisa tinha tanta cara de roubada que meu instinto me faz ter vontade de sair correndo. Literalmente. Sabe quando você se imagina em um ônibus com outros 15 brasileiros fazendo piadas racistas e cantando Michél Teló? Então. Fora que tinha toda pinta de ser aquele tipo de degustação “CVC”: O cara pára o ônibus, desce a Caravana de Piracicaba, jogam meia dúzia de vinho tosco na nossa frente, a tia gorducha vai reclamar que não tem “vinho doce”, o povo vai comprar moscatel para comer com pizza, e ninguém vai falar nada sobre enologia. Tô fora! Sinto cheiro de roubada à distância. Tentei o Lonely Planet (sempre me ajuda, mas dessa vez foi nulo!), quase fechei com uma empresa que fazia tours nas vinículas em 4x4, mas então descobri a Wine Desk e a Ligia! Ligia é uma portuguesa da Ilha da Madeira (e sei lá porque nós só conversamos em inglês, fiquei pensando nisso hoje), que já trabalhou com a Board of Wine, foi professora, e resolveu usar seu conhecimento para ajudar as pessoas comuns a realmente conhecer o vinho sul-africano: abriu uma agência. Eles só fazem tours pequenos, com no máximo 7 pessoas. O guia é sempre um especialista em vinhos e os roteiros saem da mesmice do pacotão Stella Barros. Fiquei apaixonada na hora e, seguindo a recomendação dela, fizemos hoje um tour com degustação de brandy e chocolate ao final. Às 8h30 o guia veio nos buscar no hotel em uma Mercedes branca (tô falando que nasci para a primeira classe!!!). Sorte do dia um: como estamos em baixa estação éramos as únicas bookadas para o tour, então tivemos um tour particular! \o/. O guia, um senhor gentil, educadíssimo, chamado Dave. Apesar do forte sotaque inglês, ele jura que é sul-alfricano há 4 gerações. Manu estava de ressaca de ontem (ela ficou até depois na balada, eu canso logo e voltei para o hotel mais cedo) e foi dormindo no banco de trás. Eu fui na frente tagarelando igual uma matraca, falando sobre a cultura, a economia, contando piadas e me divertindo com Dave, enquanto ouvíamos música clássica. Dave também é um guia de hiking (Pois é rapazes! O tiozinho tem o maior fôlego e sobe mais montanha do que a galera com barriga de cerveja que eu conheço!) e conhece aquela região como a palma da mão. Me deu uma tristeza de pensar que não vou ter tempo de fazer nenhuma trilha se quer. A cidade é toda rodeada por montanhas e campos liiiindos! E existem diversas trilhas de hiking por todos os lados. Dava tranquilo para passar uma semana por aqui só subindo montanha.... - suspiro - A primeira parada foi na KWV, um monstro das vinículas do país. É na verdade uma cooperativa, então eles não produzem a própria uva. Compram de produtores selecionados. Colocaram um vídeo sobre a história do vinho em Cape Town, depois fizemos um tour pelas adegas. As instalações são lindas, impecáveis. A equipe de primeira, muito bem treinada, e o cheiro de madeira e uva curtida que se sente no ar é inebriante. Depois fomos para o bar onde Connie, uma senhora elegantíssima, nos recebeu para falar sobre os vinhos e oferecer a degustação. Foi ela que me ajudou na minha escolha. Fizemos a degustação “master”, só com os vinhos tops e premiados da casa. Provei dois brancos (um Chardonnay e um Viognier. Não sou super fã de brancos, mas gosto de Chardonnay. O outro achei meio enjoativo para tomar puro. Talvez com um queijo ou uma refeição. Depois provei três tintos. Um Pinotage, um Shiraz e um blend. O Shiraz fiquei completamente apaixonada. Foi de cara o melhor vinho do dia. Comprei duas garrafas! (Não comprei uma caixa porque eu destruí o limite do meu cartão de crédito em Miami). Depois fomos para a Kanonkop onde uma outra senhora elegantíssima  nos serviu uma degustação só de Pinotage. (Essas mulheres que trabalham em vinículas são sempre tão elegantes, gentis e educadas. Elas se movem com suavidade e possuem gestos comedidos. É uma coisa inabalável! Queria tanto ser como elas e não esbarrar nos displays de demonstração só de tentar deixar minha coluna reta...) Comprei outra garrafa e uma caixa de isopor própria para levar o contrabando para casa. Depois paramos em uma outra vinícula , essa familiar (que não me lembro o nome porque já estava bêbada e tirei um cochilo no carro). Era uma fazenda linda, dessas de cenário de filme. Entre as montanhas, com bichinhos soltos e um mastiff gigante e fofo nos recebendo na porta. Dentro nos esperando tinha uma lareira deliciosa e um almoço caseiro preparado exclusivamente para nós. Sorte do dia dois: fez um dia lindo! O clima está frio, rola um cachecol na rua, mas com Sol e céu aberto. Comemos maravilhosamente no meio daquele cenário incrível. Para mim uma torta especial vegetariana, compotas, geléias, patês, salada, tudo feito ali na fazenda. Inclusive o pão e a manteiga! Degustamos alguns vinhos durante a refeição, nenhum memorável, mas a essa altura já não fazíamos muita questão mesmo. Depois tomamos café fresquinho e voltamos para a estrada para a última parada. A destilaria de brandy foi uma surpresa totalmente positiva. Não tomo brandy, não sou uma pessoa de destilados, mas acreditei em Lígia que a experiência era de surpreender até os mais céticos. Dito e feito. O lugar era um paraíso, elegante e sofisticado. Desses que você até se sente mais rica só de sentar no sofá. Um homem muito educado e descontraído já nos recebeu na porta com coqueteis na mão (Gosto disso! Aceito alguém me esperando em GRU sábado à tarde com um coquetel no portão de desembarque!). Ele sentou com a gente, explicou sobre a história da casa, o processo do brandy e a forma como eles produziam a bebida ali. (Brandy nada mais é do que um “vinho destilado”, vulgarmente conhecido como cognac. Só que os franceses são chatos e dizem que cognac só o produzido na região de Cognac. Então, meu filho, se você tomava um “Dreher” crente que era conhaque, tenho péssimas notícias para você...) Depois nos trouxe uma bandeja com três taças de brandy, três barras de chocolate e uma xícara de café. Explicou como deveríamos aquecer o brandy na mão, qual era o ritual para provar, e orientou qual chocolate deveria ser harmonizado com qual brandy. O resultado foi que a cada mordida de chocolate e gole de brandy, uma explosão de sabores e sentidos acontecia na minha boca. Eu tinha vontade de escorregar no sofá de couro e virar meus olhos fazendo gemidos como se estivesse tendo um orgasmo. Sabe aquela descoberta sensorial que você tem quando descobre um sabor novo? Quando você junta queijo e fruta pela primeira vez, ou descobre o sabor de mel e mostarda junto, ou curry com leite de coco? Essas misturas que fazem a comida e a bebida ficarem divinas? Então. Brandy e chocolate! Minha nova paixão. Voltamos flutuando para o hotel, onde caí na cama e pedi serviço de quarto fechando completamente os trabalhos do dia. Sorte do dia três: bom demais estar viva. ;-)

Dave, nosso super guia, assistindo Manu tentando descobrir as notas do vinho na KWV.


O paraíso onde a gente almoçou.

Eu, bancando a rica, tomando brandy. A foto está fora de foco para mostrar o estado da pessoa...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

UM PAÍS DE “ALMOST”


Cinco horas de diferença é muito. Então o jetleg está gritando. Perdi o café da manhã hoje, e passei o dia todo tentando me convencer de que era mais tarde do que realmente era. Ponto para as garotas, que foram dormir tarde e ligaram o piloto automático. Meu dia se resumiu a checar as condições do tempo para mergulhar - Péssima notícia: com a mudança do tempo a visibilidade está quase nula e a maré bem agitada. Sem previsões de mergulho até o final de semana - Aproveitei para passear por Waterfront, tirar fotos, comprar livros e postais para os meus sobrinhos. Até cruzei com uma foca no meio do cais. Fiquei louca, pulando igual a Felícia, querendo tirar fotos. A foto ficou ruim, mas eu agendei meu passei para Robben Island para ver a cela do Mandela. Só para registro, tudo aqui tem aroma de Nelson Mandela. Todas as ruas, os shoppings, as escolas públicas: tudo tem o nome do homem. E não precisa muita força para entender porque. Esse cara é mais do que um ser humano, e eu fico me perguntando se existiria África do Sul sem Mandela. Eu acho que não,e também é a opinião geral dos locais com quem tenho conversado. Tanto brancos quanto negros. Por isso parei em uma livraria grande, do tipo Fnac, e comprei dois livros de jornalistas. Um que fala do período pós Apartheid, e outro que fala do pós-Mandela. Gosto de comprar livros de jornalistas sobre os países que visito. Geralmente trazem um ótimo panorama em regiões que passaram por conflitos. Mas falando das impressões que tive de África do Sul até agora: O assédio é algo tão agressivo que me deixa enjoada. Do tipo, os caras te param na rua. Literalmente. Você está atravessando uma rua, cheio de carro esperando para passar, e o cara te segura pelos ombros para dizer que “você é uma mulher bonita, tem um sorriso bonito, um nariz bonito...”, até que você fuja e diga “Obrigada” o suficiente para eles ficarem sem argumentos. Hoje, voltando para o hotel, peguei um taxista que insistia em ser meu amigo no Facebook, e em fazer um rendez-vouz de vinhos e sexo no meu quarto de hotel. Assim, sem vergonha nenhuma. Na lata.  Eu, que não sou besta e aprendi que não se discute com um cara que está te dirigindo em um país estanho que você não conhece, só sorria e dizia em francês “oui, oui”, (ele era do Congo), mas rezava secretamente para um anjo me colocar bem longe dali (Mandela? Hello?). O assédio é algo extremamente agressivo aqui. Quem é mulher, fica se sentindo um pedaço de caça. Já tinha sentido isso no Marrocos, mas achava que era diferente na dita “África negra”. Puro engano. Embora Cape Town esteja muito longe de qualquer imaginário de África que eu já tive. É como entrar pela sala VIP. Nada aqui me parece real.  Consegui me livrar do taxista tarado e encontrei Manu para buscarmos alguma diversão na noite. Fomos até o Waterfront, que estava desértico, e esbarramos em um músico que estava saindo de um restaurante terminando um show. Como somos cara-de-pau, abordamos o moço e o fizemos nos oferecer um tour pela noite de Cape Town. Anthony é de ascendência inglesa, mas tem jeitão de holandês (Apesar de minha queda pelos holandeses, juro que a abordagem foi totalmente despretenciosa!), ele é casado e tem duas filhas. Uma de 7 e outra de 16 (alguém engravidou na adolescência, minha gente!). Ele nos levou até Long Street onde há vários bares e pubs, com música ao vivo, e clubs, que garantem o fim de noite da balada caboense (isso existe?). Segundo ele, todas as noites terminam em Long Street. Ficamos em um pub tomando Castle (cerveja típica da África do Sul que não tem nada de mais) e rindo do padrão “Discovery Channel” de relacionamento do local. Anthony, o músico que nós sequestramos, nos convidou para jantar na casa dele na sexta com sua esposa, (O que adoramos... Mas sabe como é, né!? Ainda não descobri se o povo de Cape Town é como os cariocas que dizem “passa lá em casa” e depois desaparecem.) Depois ficamos com algumas garotas do pub e eu dei um show ensinando-as a rebolar ao som de Carlos Santanna. (It´s all on the hips, baby!) Ainda se vê uma divisão bem nitída entre negros e brancos, embora os jovens digam que não sentem qualquer diferença. Todavia, quando pergunto se eles se sentem a vontade para fazer qualquer coisa que um branco faça, eles gaguejam e dizem “almost everything”. É um país de “almost”. Almost seguro, almost perfeito, almost África. Embora exista estrutura, e Cape Town seja um oásis de segurança pública e oportunidades, ninguém conseguiu me convencer de que, assim que o Mandela morrer, isso aqui vira um pátio de guerra. Outra coisa, impossível sair desse lugar sem uma opinião formada de Nelson Mandela. Ele é o ar, a atmosfera, a força que move essas pessoas. E qualquer pessoa que se diga atéia, eu aconselharia uma pausa para leitura dos pensamentos desse homem. Se ele não era um anjo, eu não sei o que são anjos. Uma das personalidades mais admiráveis, intrigantes e abençoadas que nós tivemos o privilégio de ter na história. Cruzar com o nome dele nas esquinas é um alento, uma certeza de que esse mudo tem salvação e de que existe todo um povo no Sul da África capaz de escrever uma história diferente. Gosto de dar valor para as pessoas pelo seu potencial, e não pelo o que elas ostentam ou acham que valem. Então eu sou fã desse senhor grisalho até a última vuvuzela. Depois da minha intensa experiência no Marrocos, queria muito conhecer também a África negra, não apenas a muçulmana. Cape Town não é seu melhor exemplar. É cosmopolita, europizada, almost branca demais. Mas mesmo entrando pela “sala VIP da África”, ainda acredito que não se sai ilesa de qualquer experiência. Ou almost ilesa.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

MAIS UMA FIGURINHA NO PASSAPORTE


O único motivo de eu estar (enfim) escrevendo aqui é que eu estou 5 horas na frente no fuso horário. São 2h da manhã em Cape Town e, sim, estou estou na estrada de novo. Em síntese, foi uma loucura que eu e a Manu fizemos. Nós estamos viciadas em promoções de internet e sempre que a gente esbarra em algo interessante, colocamos o cartão de crédito em ação. Completamente descontroladas, é verdade. Foi assim com Fernando de Noronha (pois é, fui para Noronha e fiz meu check out de mergulho lá... pois é, agora sou uma mergulhadora!), e agora com Cape Town. Acontece que cheguei hoje a noite aqui sozinha. Manu esqueceu a carteirinha internacional de vacinação (no comments) e não pode embarcar. Mandei ela dormir em casa e vim. Ela chega amanhã na hora do almoço. Vou falar que não é das viagens mais confortáveis do mundo. São muitas horas até Johannesburg e depois mais duas horas até Cape Town. Saí de São Paulo às 1h30 da madrugada de domingo para segunda e cheguei já era tarde da noite. Perdi um dia inteiro espremida nas poltronas da classe econômica. Maldita hora que comecei a voar na classe executiva! Agora me acho velha demais para a econômica. Sinto dores reais em todas as juntas. Mas justiça seja feita. Depois de TAM e GOL jogarem a qualidade dos assentos econômicos a níveis desumanos, a South African Airways parecia a primeira classe das brasileiras. O assento realmente baixava (e não ia de 45 para 90 graus como é na Gol) e o serviço de bordo era comida de verdade, nada de amendoim ou barrinha de cereal. Os comissários todos muito simpáticos e teria sido perfeito se não fosse o pequeno incidente da comida vegetariana. Eu sempre tenho um incidente de comida vegetariana. Primeiro porque eles nunca agendam meu pedido na hora da emissão da passagem, e quando chega a hora do vôo ninguém tava nem sabendo sobre a alimentação especial, então ficam olhando para minha cara esperando que eu escolha entre frango ou carne. Mas dessa vez havia a comida vegetariana. Pasta. É consenso universal, quando se fala em comida vegetariana alguém te serve macarrão com molho de tomate. Só que nesse caso a comida vegetariana era um ravioli... recheado com presunto. Sério. Abri o ravioli e chamei o comissário. Ele insistiu: “Essa é a opção vegetariana.” Eu tentei explicar que presunto era bicho, que eu não comia bicho, que vegetarianos não comem bichos e presunto é bicho. “Não, não, não. Isso é pasta. É vegetariana.” Eu queria saber quem foi que declarou que pasta é prato vegetariano. Sou capaz de enumerar pelo menos umas 20 receitas de pastas que não são nada vegetarianas, isso sem precisar entrar nas versões recheadas como o ravioli que me serviram. Foram cinco minutos do cara tentando me convencer que o presunto na minha frente era automaticamente vegetariano por estar dentro de um ravioli, até que eu desisti e agradeci o prato e resolvi não comer nada. Então ele voltou com um prato de canelloni recheado de queijo e ervas com aspargos da primeira classe. Falei que eu estou velha para a classe econômica. Tem um grupo até considerável no avião que também veio com a mesma promoção Peixe Urbano. Cape Town, uma semana, hotel com café da manhã, passagens aéreas, transfer e city tour, pela bagatela de R$2.000,00 parcelados em 12x. Amo parcelinhas Casas Bahia! Mas tenho pavor de excursões CVC e classe média empolgada viajando. Sem nenhum medo de parecer pedante aqui, não faço a menor questão de socializar. Eles ficaram fazendo piadas sobre uma família mulçumana que passou no desembarque porque as mulheres estavam de burca carregando o carrinho de malas, e os homens iam a frente conversando. Sei lá. Tenho minhas convicções feministas, mas aprendi a não julgar as culturas diferentes da minha. Ema, ema, ema. O hotel é ótimo, quarto espaçoso, limpo, confortável. Tem tv e banheira. Travei uma batalha de 40 minutos para configurar o wi-fi, mas depois deu certo. Saí às 23h30 para procurar algo para comer e só tinha a loja de conveniência do posto de gasolina. Parece aquelas cidades de subúrbio americanas. Os prédios são bem acabados, as redes de comércio bem abastecidas e confortáveis. Passamos por 4 favelas do aeroporto até o hotel. Nem tudo é cidade modelo, e a “sujeira” fica em volta do tapete. Começo a achar um padrão nos BRICS. (Não conheço o resto, mas quem sabe não pode ser uma temática para as próximas viagens.) Nesse lado de cá da cidade, África do Sul dá de 10 a zero no Brasil, isso mesmo se considerarmos a “Manhattan” onde eu moro em São Paulo. O aeroporto é impecável. Grande, limpo, moderno. Existe ordem e infra-estrutura. Já estou achando uma pena ficar só essa semana (aproveitando o feriadim de Corpus Christi, né!?). O importante é que mais uma figurinha foi adicionada ao álbum. UHUU! \o/ Agora, o que eu não vou contar para a Manu, é que na hora de carimbar meu passaporte eu sorri para o moço, ele abriu um sorrisão de dentes brancos, e nem me pediu a carteirinha de vacinação.