quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

50 TONS DE GANGNAM STYLE

De tempos em tempos temos uma epidemia musical. Aquele tipo de música que todo mundo aprende a dançar, define gerações, e que depois de anos vamos rir de lembrar a coreografia com os amigos. Não há dúvida de que "Gangnam Style" é a música da nossa época. A "Macarena" pós-fim do mundo. Uma síntese do que é o nosso tempo. A música é uma sátira aos playboys sul coreanos. Pega muito mal ser playboy hoje. Foi-se o tempo da ostentação, da diferença social óbvia. A tendência é cada vez mais colocar o pé no chão. O luxo está tendo que se reinventar, porque virou motivo de piada. Além disso, Psy não é um produto estadunidense, como foi a dominação cultural do século passado. Ele é produto de uma globalização que quebra os estereótipos entre ocidente e oriente. Ele é sexy, quebrando todas as referências óbvias de sexualidade, e é cool porque a novidade é que o mundo hoje nos chega mais aberto, mais cheio de informações, referências. E também porque o mundo hoje cabe em uma url, a gente pode desmembrar, reinventar, clonar, repaginar, reinventar. Essa semana fiquei fascinada encontrando versões do sucesso pop. Que maravilha é isso, não!? Viver em uma época em que podemos ver tantos desdobramentos de um tema, sem tirar os nossos pijamas, do sofá de casa. Aquilo que poderia ser um pastiche de uma cultura cada vez mais plástica, mais medíocre, digna dos piores programas de auditório do mundo todo; renasce com humor, criatividade e nos ajuda a lembrar que nossos julgamentos são sempre carregados de preconceitos. O humor e a beleza vem de olhar uma mesma coisa por ângulos diferentes. Então aqui, minha seleção de Gangnam Style, em tons diferentes. 

Essa é uma das minhas favoritas: O dissidente chinês Ai Weiwei fazendo uma paródia-protesto dançando a coreografia dos cavalinhos. 




Outra que caí de amores essa semana. Versão cover acústica por Jayesslee. Linda!
 




Versão bossa nova.




No violão.




O grupo Wonderful Pistachios no meio de New Orleans.




Várias universidades fizeram flash mobs. É só procurar na rede. Essa é na Cornell.




E o viral irresistível da semana. A gente entende a pequena Amaya. É um mundo tão louco, a melhor coisa é acordar e se chacoalhar. ;-)

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