sábado, 2 de outubro de 2010

HAMBURGO

Hamburgo já fazia parte dos meus planos. Depois que eu descartei o Sul da Alemanha porque a logística de chegar depois na Holanda era muito complicada, coloquei Hamburgo na lista. É a segunda maior cidade da Alemanha, carrega uma história de riquezas por ter sido durante séculos o principal porto de toda essa região da Europa. Foi também destruída completamente por um incêndio no séc XVIII, depois mais recentemente, por um bombardeio cruel durante a IIWW. Eu esperava ter bastante disso tudo, mas na verdade Hamburgo acabou se revelando uma cidade bem menos interessante por isso. A cidade em si nada mais é do que uma cidade grande. E cidade grande por cidade grande, eu vou voltar para uma que já é fabulosa por si. O que acabou fazendo Hamburgo para mim, foram quatro garotos de Liverpool. Sim! Beatles. Beatles na veia. Foi nos bares do Red Light District que esses, na época eram 5, garotos de Liverpool tocaram 45 dias ininterruptos entretendo uma platéia de bêbados e prostitutas e mudaram para sempre a história do rock&roll. No mesmo Red Light District fica o Beatlemania, o museu feito para a banda. Eu fui esperando ver uma coleção de canhotos de ingressos e capas de LP autografadas penduradas na parede por algum fã, mas o museu é simplesmente fantástico. São 5 andares muito bem montados, traçando uma linha do tempo desde quando eles desembarcaram em Hamburgo para aquela temporada insana, até o último album “Let it Be” e as respectivas carreiras solos. É como um parque de diversões para adultos. Cheio de atrações interativas, como karaokê e até uma sala reproduzindo o Yellow Submarine onde você pode brincar de capitão. Entrevistas com fotógrafos, produtores, agentes. Amei a entrevista com o cara que concebeu toda a capa do Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. O melhor de todos os albuns dos Beatles na minha leiga opinião. Fotos raríssimas, cenários, roubas que eles usaram. E você ainda sai de lá com uma foto sua montada no rosto do seu Beatle favorito. Naquela versão cabelinho “mamãe eu sou bonzinho” do começo dos anos 60. Eu queria a minha com o rosto do Ringo, porque o Ringo é o meu favorito. Mas estava quase impossível encaixar na moldura que tinha dele, então acabei fazendo com a do John. Ah! Sim! Também tem canhotos de tickets de show e fotos autografadas... Mas depois de tudo aquilo, quando você vê o autógrafo de verdade, a vontade é mesmo de gritar e arrancar os cabelos igual aquelas garotas nos registros de vídeo. Acho que só por isso, já valeu a pena ter ido para Hamburgo.

Um comentário:

Anônimo disse...

While your guitar gently weeps, votei, de preto, com nariz pintado de vermelho. Votei na sua Erundina.
agora vamos ver se o segundo turno rola.
Bjo,
Eva.