segunda-feira, 16 de abril de 2012

EM BUSCA DO FÔLEGO PERDIDO

Primeiro dia é fácil, né!? Eu levantei da cama, fiz minha meditação, desci para a academia do prédio e corri 4K. Não precisa ser gênio para saber que saúde tem tudo a ver com exercícios físicos. E se você quer continuar com uma vida ativa por muitos anos, viajar para muitos outros países, fazer trilhas, subir vulcões, escalar montanhas, explorar florestas... então você precisa ter fôlego. Não existe nenhum jeito de conseguir pique, disposição e fôlego sem suar a camisa. Ainda não inventaram. Então tem de malhar. De brinde ainda vou conseguir entrar em 70% das roupas do meu guarda-roupa. Esse é o plano. Só acho que a coisa não vai ser tão simples quanto eu achei. Porque eu não contei, mas eu estou muito enferrujada. Sempre tive uma genética favorável. Colocava a testa no joelho e nem sentia. Hoje tenho sentido algumas dores quando tento alongar meu corpo que eu nem sabia que eram possíveis. Bom, não passo vergonha nas aulas porque, mesmo enferrujada, meu alongamento é legal. Mas como eu sei qual é o meu potencial, fico sentindo como se estivesse literalmente atrofiando. Não sei se é a idade, ou a cara de pau de não levar uma rotina mais intensa de exercícios. Só sei que senti dificuldade, e isso era uma coisa que nunca tinha sentido antes. Como fiquei preocupada com isso, resolvi ir para a academia à noite. Usei meu horário de rodízio para fazer algo que me ajudasse a chegar lá. Fiz 1h30 de transporte, que é minha nova descoberta. É ótimo para pernas, bumbum e até que é divertido de fazer. Coloquei os fones de ouvido e fiquei assistindo Law and Order até enjoar. Depois encarei uma aula puxada de 1h15 de yoga. A única coisa que foi bem estúpida, nem foi a quantidade de esforço físico. Foi ter feito tudo isso sem um lanchinho, ou uma barrinha de cereais no intervalo para me dar pique. Como sou hipoglicêmica, terminei a meditação da yoga quase desmaiando. Tive de correr no empório natural na frente da academia e quase me afoguei em um saco de frutas secas. (São ótimas para devolver os níveis de açúcar do sangue.) Por isso acabei jantando um pacote de salgadinho de arroz japonês (que sou viciada!), um prato de quinoa com saladinha de tomate e um pote de abacate com limão. Concordo. Peguei pesado. Sempre cometo esse erro. Jogo toda a energia que tenho em um único objetivo e depois não tenho fôlego para segurar a rotina por muito tempo. Assim é com alimentação, trabalho, literatura. Tudo. Mas afinal de contas, não é para conseguir mais fôlego que eu estou fazendo tudo isso?

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