sábado, 25 de setembro de 2010

IN BERLIN

Hoje estou resfriada, sentada no sofá do hostel de pijama, em Belin. Cheguei na quinta, depois de uma despedida bem decente de Praga. Fiz uma maratona de tours históricos e fui assistir “Otello” de Verdi na Ópera de Praga. Uma taça de champagne custava só €2. Fiquei me sentindo tomando champagne na Ópera. Estou em um movimento de muitos questionamentos sociais e políticos. Claro que ter me colocado nessas duas cidades praticamente me obriga a essas reflexões. Primeira coisa q eu quis fazer foi ver onde ficava o muro. Em Praga tem o Museu do Comunismo que é incrível. Maravilhoso para entender o que foi, como funcionou e como afetou a vida das pessoas. Claro que eu queria ver, sentir, viver esse que foi o símbolo máximo de um mundo que existiu até minha adolescência. E depois, a melhor coisa de se estar no Velho Mundo é poder viver e tirar minhas próprias conclusões de tudo o que me falaram na escola que fez o mundo até aqui. Hoje quase sucumbi. Fui visitar um campo de concentração. Tour de dia inteiro, o tempo virou e o dia estava cinza e chuvoso. Até o clima compondo a atmosfera. Comentei com o guia “Hoje está um dia com cara de campo de concentração”. Ele virou para mim e disse, “É verdade. Às vezes eu penso assim também, mas daí me lembro que as pessoas também eram mortas em dias bonitos e ensolarados.”. Punk minha gente. Não dá para descrever muito a experiência. Por mais que você se prepare, por mais que a gente já tenha cansado de ver filmes e lido tanto sobre o assunto, é estarrecedor andar pela estrutura, ouvir sobre as rotinas, entender toda a logística doente que envolvia toda a rede. É inacreditável pensar que as pessoas podem chegar a um nível de frieza e calculismo que eu me questiono o que resta de humanidade. Vou confessar que não consegui entrar em tudo. Que não li tudo nos memoriais. Era demais. Eu voltava para a chuva e segurava para não explodir. A energia que senti lá, o silêncio. É brutal. Fico pensando se algum dia ainda vamos fazer tours parecidos em Guantanamo ou outros lugares. O que será que existe que a gente não sabe? Aqui no hostel eu caí no sofá exaurida, doente, com o corpo doído. Tomei um banho quente agora e não quero fazer mais nada. Difícil até comer. Tem gente que não é tão suceptível. Eu não consigo. Berlin não é só a IIWW ou o muro e a Guerra Fria. Tem muita coisa para descobrir. Um cenário musical fervilhante, muita street arte, museus incríveis. Ainda tem muito que quero fazer e ouvir sobre a Berlin emblemática historicamente, mas amanhã vou para o que acontece agora, para o que é novo e vivo. Preciso de um fôlego. Já pensando em ficar por aqui por mais uns dias...

Um comentário:

Cintia Saito disse...

OI Dri
eu de novo! nao conheco berlim. Mas fiz uma viagem de carro, que pode ser feito de onibus ou bike, para o Sul da Alemanha, por toda a Rota Romantica. Ela comeca no norte passa por Nuremberg, Augsburg, Rothernburg ob der tauber(LINDA) e outra cidadezinhas charmozissimas, bem medievais ate Fussen, onde esta o castelo de Neuschwanstein e o castelo de Hohenschwangau, dois espetaculares castelos datados do século XIX. Estes famosos castelos de contos de fadas, construídos pelo rei Ludwig II da Baviera e por Maxililian, o príncipe da coroa, marcam o final da Rota Romântica ao pé dos Alpes da Baviera. Beirando os Alpes, na fronteira com Tyrol, localiza-se Füssen, a cidade mais alta da Baviera (de 800 a 1200 m acima do nível do mar). Se voce tiver tempo e disposicao, fica a dica....!bjs e otima viagem!