terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

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Peguei umas milhagens em dezembro e marquei uma viagem para Miami, para comprar equipamento de mergulho. Como era milhagem, vôo com escala longa. Aquelas coisas que deixam a gente meio exausta, mas eu ainda tenho pique para encarar. A situação do aeroporto de Guarulhos é realmente sofrível. Faltam informações para todos os lados. Os cafés são absurdos de caros. Fui comprar um simples café com leite para conseguir ficar em pé, já que acordei às 4h, e me cobraram R$7, a atendente demorou 30 minutos para servir, e quando desisti de esperar e pedi o café para viagem, ela resmungou, xingou e disse que eu não tinha paciência de esperar. Que o problema do mundo era que todo mundo queria as coisas na hora só sabem exigir. Pois é, 30 minutos para um café com leite é algo muito imediatista. Nem discuti com a moça. Ela está na linha de frente e as coisas que estão erradas com o atendimento dela vão bem além daquele balcão. Peguei meu café e saí. Meu vôo ia primeiro para Manaus, onde eu ficaria por duas horas em escala, e depois para Miami. Fiquei trabalhando em outra área do aeroporto até dar a hora do embarque. Quando desci para o meu portão, que vergonha. Centenas de pessoas abarrotadas em uma sala de espera minúscula, sem assentos suficientes, que ainda atendia 4 portões de embarque. O vôo estava atrasado, então as pessoas não tinham onde ficar. Senhores de idade jogados de um lado para o outro, deficientes físicos sem ter onde se colocar, crianças pelo chão. Acho tão desumano como as autoridades consideram aceitável esse tipo de situação. As pessoas tentam manter a dignidade, mas vê-se o sofrimento o cansaço em seus rostos. Será que era porque os vôos que seriam embarcados naquela sala eram todos para Manaus, Fortaleza, Salvador? Será que a sala de embarque para Zurique também está assim? Quem será que vai usar os novos e modernos terminais de Cumbica? Me chamaram no microfone do check in e acabaram me passando para um vôo direto. Saí do embarque nacional e fui para o internacional correndo, quase sem dar tempo. Engraçado como estamos fazendo cada vez mais com que a experiência de sair do país seja mais prazerosa do que ficar por aqui mesmo. 

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