sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

TEMPO, TEMPO, MANO VELHO

Essa semana eu vivenciei a completa falta de tempo. Sabe quando você planeja, se organiza, faz de tudo para organizar a demanda de coisa a fazer, e no final só cumpre um terço? Então. É um tanto frustrante. E fico pensando se isso é falta de disciplina, ou se a carga está pesada demais.

Sempre fui o tipo de pessoa que abraça o mundo. Sobrou uma horinha entre a reunião e o almoço? Porque não colocar um curso nesse espaço? Ou um trabalho voluntário? Ou algum evento social? Tantas pessoas que eu gosto e eu não vejo há milênios. Aquele livro, que é um dos 4 que estou lendo e preciso terminar. A arrumação do homeoffice que já está fazendo aniversário de 6 meses. O filme que vai concorrer ao Oscar e todo mundo já viu. A consulta de rotina ao dentista. Aquela amiga que prometi um café no ano passado. A sessão de Skype com quem mora longe. Limpar a caixa de e-mails. Fazer a receita daquele livro de cupcakes. Melhor! Levar todas as forminhas e confeitos de cupcakes – que eu comprei e nunca usei – para a casa da MH, para ela fazer com as meninas. Começar a encaixotar as coisa que eu não uso no dia a dia. Logar os últimos mergulhos. Terminar o vídeo da Ilha Grande. Arrumar um namorado. Um namorado não. Um mocinho para curtir o tempo passar enquanto estou por aqui. Terminar aquele capítulo do meu livro. Providenciar a papelada de viagem das gatas. Arrumar a estante de livros – em ordem alfabética. Separar os documentos de 2014 e colocar no arquivo morto. Adiantar a papelada do IR. Escrever no blog. Montar o projeto do meu novo site. Prospectar aquele cliente. Mas não, agora não. É um tempinho livre. Cliente é trabalho, eu faço depois. Separar fotos para ampliar. Fazer backup do computador. Limpar a caixa de entrada dos e-mails.


Detesto essa sensação de que o tempo é escasso. De que não dou conta da vida. De que está tudo um caos, e eu estou boiando no meio, sobrevivendo a cada dia. De que não tenho tempo nem mesmo de meditar. Então, acaba o dia, e faz 3 meses que nem ao centro budista eu vou. Detesto a sensação de que precisam de duas de mim para fazer uma. E o maior medo que eu tenho na vida, é terminar inacabada, procrastinada, como se tudo se acabasse no futuro do que sou capaz de fazer.

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