terça-feira, 3 de agosto de 2010

RESILIENTE

Estou de volta. Não, não fui para lugar nenhum. Mas voltei a minha forma. A minha percepção de mim mesma. Nas últimas semanas eu ouvi de algumas amigas conselhos que eu costumava dar a elas. Então bateu o sininho. Tem algo errado. Quando foi que eu deixei de ser a pessoa que acreditava nesse discurso e me tornei aquele que precisa ouvir? Não sei. (ou talvez eu saiba até demais). De qualquer forma não interessa. Interessa que eu enfiei o braço até o ombro. Até alcançar um pouco de mim mesma. E me puxei para cima. Me trouxe à tona. Respirei, tomei fôlego. A gente sabe que tem algo errado quando existem coisas demais tapando a visão de nós. Eu sou a personagem principal da minha vida. Não garanto que nunca mais eu vá me esquecer disso, mas eu tenho certeza que se isso acontecer novamente, eu sei como me resgatar. Como voltar ao meu estado original. Eu sempre volto ao meu estado original. É por isso que eu sou feliz, iluminada. É por isso que, mesmo quando bate uma tristeza, existe muito amor na minha vida. Porque eu sou feita de amor. Foram semanas muito difíceis. Muito doloridas. Cheguei a pesquisar passagens para voltar para casa. Até preenchi as informações do cartão de crédito. Desisti antes de clicar em “confirmar”. Y me falou uma coisa valiosa. “Você não vai voltar não senhora. Porque você ainda não encontrou o que foi buscar. Não vai voltar enquanto não encontrar.” É verdade! Ainda não encontrei o que eu vim buscar. Então, de volta à estrada. De volta a reservar passagens. De volta a preparar a mochila. De volta a me apaixonar. Dessa vez por mim antes de tudo. Eu vou viver uma grande história de amor. Isso não tenho dúvidas. Mas antes vou viver uma grande história de amor comigo mesma. Voltei!

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