terça-feira, 19 de março de 2013


Pensando em coragem hoje. Pensando em fazer o que é certo ao invés do que é conveniente. Pensando que ninguém é uma ilha, embora a gente não escolha quem participa da reunião de condomínio. Pensando em como eu estou triste hoje. Tristeza faz parte. Como disse em um conto meu, “dói até em dente de leite”. Acho horrível essa coisa de auto-suficiência. Não quero ser auto-suficiente. Não quero ser só eu resolvendo toda a bagunça. Não precisa ajudar também, mas só de ficar ao lado... De dizer que dá tudo certo no final, já estava bom. Às vezes eu acho que São Paulo é muito cruel. Nessas horas tenho vontade de fugir, de hibernar. Morar em Roma, ou na Tailândia, ou nas Ilhas Maurício. Ou em algum lugar onde minha bagagem pudesse ficar longe. Extraviada. Apagar as memórias como no filme do Michel Gondry. Virar um donut, sem nada no meio. Mas não é São Paulo o problema. É a história que construí aqui. A necessidade tão angustiante de ser amada. Hoje dói tudo. Doem todos os meu músculos.

Um comentário:

Elis Batina disse...

Eu li em algum lugar que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço. Quando me sinto assim dentro de um abraço é o único lugar onde eu gostaria de estar.
Espero que você já esteja melhor Adriana.

Um abraço.