terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

DO QUE NÃO SE VÊ

De tudo o que eu sei (o que não é muito, e se a gente resolver botar em uma lista, a do supermercado é maior) nada me preparou para o que eu sou hoje. Nada me preparou para o que eu estou me tornando. Apenas a minha própria consciência me salvou. Não estou falando do grilo verde do desenho do Pinnocchio. Falo da capacidade de me perceber. Ela é a que me salva. Existe algo de extraordinário no mundo, e sim, já existe há tempos, mas não, é mais do que isso. Algo de extraordinário, que não faz parte do confortável, do que nos treinamos a enxergar. Sem juízo de valor. Para o bem ou para o mal. Existe algo apenas, e é algo que não posso colocar na lista de coisas que sei. Já começou. Só digo isso. Já começou, mas a gente nunca entende as mudanças quando estamos no meio delas. O que tento dizer, de maneira louca e desconexa, é que o mundo como o conhecemos não vai mais existir. Escolha o que você quer ser, defina o que tem valor (Agarre-se aos seus valores! Você vai precisar deles.), pois o tempo está se esgotando. Não haverá mais chances para o superficial e o banal. Não haverá mais como se arrepender do medíocre. Faça sua escolha e faça suas práticas. As práticas são vitais. Assim como tomar banho e escovar os dentes. Questão de higiene espiritual. É preciso cultivar o amor, o perdão, a generosidade, a compaixão. Tudo o que nos salva como seres humanos. Principalmente consigo mesmo. Um dia você vai acordar e descobrir que tudo que é imagem é irreal. Tudo o que é som, tato, cor; mesmo que ausência, mesmo que inodoro, insípido, inóspito, incolor. Então é bom que você esteja bem feliz com você mesmo. Porque é o que vai sobrar. Ame. É o amor que vai atrair seus aliados. É ele que vai te mostrar os que fizeram as mesmas escolhas que você. Não se apegue a essa realidade, pois ela é ilusão. Vai deixar de ser realidade antes que percebamos. Ame. É a única forma de se libertar.

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