Nem. Não é uma ressaca etílica. De dias de esbórnia e falta de bom senso. Nada disso. Tenho recebido tantas informações, e lugares, pessoas, tanto contato, que estou de ressaca. Com dor física até. Me dói o osso. Uma dor boa, foi desejada inclusive. Mas ainda assim, não pode ser ignorada.
Queria falar muito mais de Dublin, que foi mesmo incrível. Mas foi tudo uma loucura, fiquei dias sem internet, e quando tive acesso, estava cansada demais para qualquer coisa. Cheguei em Lisboa segunda à noite. Ivan, que é sempre a pessoa mais atenciosa, carinhosa do mundo, fez questão de me pegar no aeroporto. Ainda fomos passear pela cidade, tomar uns drinks e comer pão com chourizo e caldo verde. Meu corpo imediatamente se lembrou de todas as maravilhas gastronônimas de Portugal e lá vou eu ganhar vários kilos de volta. Eu que estava até feliz com as calças largas. No dia seguinte andei muito por toda Lisboa. Comi sardinhas assadas com batatas e sangria, diversos doces de ovos. À noite fomos para a casa da Kika (que eu não via desde alguns anos que podem denunciar minha idade...) e Ju estava lá também. Entramos noite rindo, contando histórias e bebendo muito vinho. É tão bom estar no meio de pessoas queridas, do bem, amadas. É muito bom estar no meio de pessoas que lembram como você era muito tempo atrás, mesmo que você mesma não se lembre. Mesmo que você mesma queira esquecer. Kika está me hospedando aqui. Ela mora em Oeiras, que é outra cidade, mas dentro dos meus padrões metropolitanos é a distância da Vila Madalena e da minha ex-casa (era a distância que eu e MH percorríamos para um café), e ela é uma anfitriã deliciosa. Sempre bem humorada, engraçada. Rimos e contamos histórias o tempo todo, e falamos besteiras, e fazemos planos de viajar pelo mundo. E nessas conversas acabamos descobrindo que somos primas. De verdade. A bisavó dela é parente da minha bisavó, ambas Cervantes, da cidade de Granada. Achamos uma justificativa cosanguinea para tanto amor, e agora nos chamamos de "priminha" e damos risada de como o mundo é mesmo uma kitinete mal frequentada. Ju também está sendo incrível. Ela estava de férias essa semana então me levou para conhecer Sintra, Estoril, Cascais; para comer pastéis de Belém e, óbvio, fizemos uma tarde mulherzinha e fomos às compras. Aliás, os pastéis de Belém.... são uma coisa única na terra!!! Dane-se a celulite. Não vou sair dessa vida sem experimentar todos os sabores de que sou capaz.
Estou me sentindo tão querida, e bem quista e amada aqui. Muito carinho e amor. Até minhas habituais discussões com o Ivan (porque a gente adora discutir!) são deliciosas e me fazem deitar à noite (ou melhor, quase de manhã) e agradecer com meu coração transbordando.
Minha cabeça está confusa. Chega a ser ensurdecedor. Está tudo uma bagunça, malas, roupas espalhadas nas casas de amigos pelas cidades, e eu não faço idéia do que fazer da minha vida em si. Estou muuito longe de chegar minimamente perto do que vim buscar, e parece até que tudo ficou pior, mais bagunçado e confuso. Mas com tudo isso, tenho tido dias incríveis, de muita felicidade. Relações preciosas, com pessoas preciosas. Conversar que me salvam com minha rede de proteção no Brasil. Tudo tão perfeito que me faz pensar se, talvez, a bagunça da minha cabeça não seja algo para se deixar como está. Se não é para ser assim mesmo. Não sei para onde estou indo, mas sei que não volto tão cedo. Todos os sinais me dizem que estou no caminho certo.
Queria falar muito mais de Dublin, que foi mesmo incrível. Mas foi tudo uma loucura, fiquei dias sem internet, e quando tive acesso, estava cansada demais para qualquer coisa. Cheguei em Lisboa segunda à noite. Ivan, que é sempre a pessoa mais atenciosa, carinhosa do mundo, fez questão de me pegar no aeroporto. Ainda fomos passear pela cidade, tomar uns drinks e comer pão com chourizo e caldo verde. Meu corpo imediatamente se lembrou de todas as maravilhas gastronônimas de Portugal e lá vou eu ganhar vários kilos de volta. Eu que estava até feliz com as calças largas. No dia seguinte andei muito por toda Lisboa. Comi sardinhas assadas com batatas e sangria, diversos doces de ovos. À noite fomos para a casa da Kika (que eu não via desde alguns anos que podem denunciar minha idade...) e Ju estava lá também. Entramos noite rindo, contando histórias e bebendo muito vinho. É tão bom estar no meio de pessoas queridas, do bem, amadas. É muito bom estar no meio de pessoas que lembram como você era muito tempo atrás, mesmo que você mesma não se lembre. Mesmo que você mesma queira esquecer. Kika está me hospedando aqui. Ela mora em Oeiras, que é outra cidade, mas dentro dos meus padrões metropolitanos é a distância da Vila Madalena e da minha ex-casa (era a distância que eu e MH percorríamos para um café), e ela é uma anfitriã deliciosa. Sempre bem humorada, engraçada. Rimos e contamos histórias o tempo todo, e falamos besteiras, e fazemos planos de viajar pelo mundo. E nessas conversas acabamos descobrindo que somos primas. De verdade. A bisavó dela é parente da minha bisavó, ambas Cervantes, da cidade de Granada. Achamos uma justificativa cosanguinea para tanto amor, e agora nos chamamos de "priminha" e damos risada de como o mundo é mesmo uma kitinete mal frequentada. Ju também está sendo incrível. Ela estava de férias essa semana então me levou para conhecer Sintra, Estoril, Cascais; para comer pastéis de Belém e, óbvio, fizemos uma tarde mulherzinha e fomos às compras. Aliás, os pastéis de Belém.... são uma coisa única na terra!!! Dane-se a celulite. Não vou sair dessa vida sem experimentar todos os sabores de que sou capaz.
Estou me sentindo tão querida, e bem quista e amada aqui. Muito carinho e amor. Até minhas habituais discussões com o Ivan (porque a gente adora discutir!) são deliciosas e me fazem deitar à noite (ou melhor, quase de manhã) e agradecer com meu coração transbordando.
Minha cabeça está confusa. Chega a ser ensurdecedor. Está tudo uma bagunça, malas, roupas espalhadas nas casas de amigos pelas cidades, e eu não faço idéia do que fazer da minha vida em si. Estou muuito longe de chegar minimamente perto do que vim buscar, e parece até que tudo ficou pior, mais bagunçado e confuso. Mas com tudo isso, tenho tido dias incríveis, de muita felicidade. Relações preciosas, com pessoas preciosas. Conversar que me salvam com minha rede de proteção no Brasil. Tudo tão perfeito que me faz pensar se, talvez, a bagunça da minha cabeça não seja algo para se deixar como está. Se não é para ser assim mesmo. Não sei para onde estou indo, mas sei que não volto tão cedo. Todos os sinais me dizem que estou no caminho certo.
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