"...estou procurando, estou procurando. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi." (Clarice Lispector - Paixão Segundo GH)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
FAZENDO O MELHOR COM O QUE SE TEM
Já pensou que talvez os conceitos de bem e mal sejam pura ilusão? Que talvez todos nós estejamos fazendo o melhor que podemos com o que temos em mão? Às vezes o que temos em mão é um coração gigantesco, uma capacidade de compaixão. Muito amor por tudo. Às vezes o que se tem é um coração de pedra, o cenho carrancudo ou um caráter vagabundo. Eu fico pensando, e se todo mundo merecesse o benefício da dúvida? Sem querer justificar atitude de ninguém, mesmo porque pena e compaixão não são sinônimos. Mas entender que talvez (apenas talvez) o mundo não seja um buraco apocalíptico repleto de pessoas enfiando a mão no teu bolso para roubar sua carteira vazia. Entender que na vida, ninguém entrou pensando em dar o pior. Apenas o melhor. E o “melhor” é algo subjetivo. Entender que quando tudo dá errado não se trata de uma conspiração paranóica do universo contra a gente. Que em vez de desentortar banana, o melhor é descascá-la assim mesmo. Como ela é. Fazer de conta por um minutinho que estressar, ficar irritado, chutar a porta do carro; só faz dos nossos dias mais chatos e pode resultar em um dedão quebrado e uma conta salgada no funileiro. Já pensou que a gente tem o que tem, e assim como todo mundo no mundo, a gente precisa tentar fazer o melhor com o que temos? Pode ser só sintomas do feriado. As luzes de Natal para todos os lados da cidade. A alegria de ver o Sol brilhar na manhã do dia 24. Pode ser só isso. Eu mesma sou PHD em me desesperar e chutar porta de carro. Acabo julgando as pessoas, duvidando de todos. Mas uma coisa que sempre digo aqui, Amar é um exercício. Então eu vou sair agora para comprar os últimos presentes (Sim. Eu também sou procrastinadora. Eu e 19 milhões de habitantes em São Paulo.). Vou passar na casa da Kika (que foi assaltada... longa história!) para colocar um cadeado na janela. Vou me enfiar na rua, tomar um sorvete porque é verão por aqui. E vou exercitar olhar para cada um, para cada situação, com o benefício da dúvida. Talvez pudesse ser melhor. Talvez sim. Talvez desse para ser perfeito e impecável. Mas eu vou aceitar o que se tem. E fazer o melhor com isso. Feliz Natal para todo mundo aqui. Vamos ser feliz gente. (porque ser triste é muito chato!) ;-)
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Um comentário:
O maior benefício da dúvida que podes dar no momento é a ti mesma ;)
Nunca deixe de acreditar em ti e neste coração enorme que tens aí dentro do peito!!
És uma pessoa linda que eu amo muito, e digo abertamente ao mundo!!!!
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