Eu fiquei mais velha e tanta coisa aconteceu em quinze dias que eu já nem me lembro como era quando eu tinha 34 anos. Antes eu costumava ficar angustiada quando a vida me confundia. Hoje eu estou apenas aceitando estar confusa. E confusa é o único adjetivo que eu posso carregar agora. Estou confusa. Muito. Meu Dutch Prince se foi. Voltou para seu país que é tão longe e frio. E faz com que nossos horários sejam descasados, e o tempo não adequado. Deixa tudo tão difícil. Eu não consigo enxergar nem uma semana a frente dessa história. Só enxergo o hoje que é cheio de saudades e uma tristeza fina, feito garoa. Como se não fosse confusão o suficiente, e quinze dias dizem que não é nada, ainda assim é tempo da vida pregar peças. Colocar de volta, no centro das atenções, o primeiro amor que tive na vida. Coisa de novela, de filme de sessão da tarde. Pensar que às vezes demora 10 anos para a gente ouvir tudo o que queria ter ouvido de uma pessoa. Eu sou o tipo de pessoa que precisa ouvir. Ouvir com todas as letras, com cada sílaba. Ouvir “eu te quero”, porque só quando é dito isso eu tenho condições de saber se eu também quero de volta. É assim. Meu coração em migalhas, sem saber para onde ir. Ainda assim, totalmente sozinho. Tanto se tem que nada se tem. Ando pensando em ficar sozinha. Estou cansada. Meu coração está cansado. Cansado de gostar, de amar, de se apaixonar, de esperar. Cansada de tantos homens e amores. Não consigo ter certeza do que quero. Me dói pensar em uma resposta. Acho mesmo que o que quero é ficar sozinha. Me afundar no trabalho e mais nada. Sem vontade nem de vida pessoal. Fechar ao máximo minhas relações para talvez tudo ficar mais simples, mais acessível. E quem sabe eu resolvo essa confusão. Quem sabe saia dos meus lábios algo mais concreto do que tem saído ultimamente. A mim parece que, a única coisa que sou capaz de dizer é “eu não sei”. E disso eu tenho certeza. Não sei.
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