sexta-feira, 26 de agosto de 2011

LAST MINUTES

Eu ando com uma ironia muito sutil sobre a vida. Juro que estou brigando com ela. Tem uma pessoa muito querida que me disse essa semana que é “econômica em críticas”. Eu achei tão bonito. Hoje em dia o povo anda vendendo críticas tão baratinho. Parcelinhas Casas Bahia. Eu já estive no saldão, não posso falar nada. A verdade é que é muito mais fácil reclamar do que elogiar. Chega um ponto em que a gente olha para a nós mesmos e nem sabemos como receber elogios. Eu mesma não sei. E fico em pânico de ter de lidar com eles. Medo de decepcionar. Porque quando alguém te elogia, você recebe uma espécie de credencial. Uma responsabilidade pelo critério daquela pessoa, que parou e reparou em você. Para que um dia você vire uma grande decepção. Minha estratégia de vida sempre foi ser uma decepção logo de cara, assim ninguém se decepciona. Eu sempre gostei dos paradoxos. Mas isso é uma grande covardia na verdade. O que eu tenho descoberto nos últimos dias é exatamente isso. No final do dia acho que sou uma bela de uma covarde. Passei a semana com uma vontade de jogar tudo para cima e correr muito longe, que nem conto... Eu vou fugir até quando? Sempre que eu me sinto no foco, no centro das atenções, minha vontade é escapar rapidamente, cortar contato, fugir. Acho que sou uma tímida crônica. Só que ninguém me acredita. Ninguém olha para mim e enxerga minha timidez. Só aumenta minha responsabilidade. Eu espero que seja coisa de inferno astral. Falta de meditação. Stress de trabalho. Estafa pela falta do tempo. Não posso nem reclamar, porque tive um dos melhores infernos astrais de toda minha vida. Tudo o que eu trabalhei e procurei está voltando para mim. Mas diz o ditado, cuidado com o que pede. Porque vem. Então eu pedi e agora preciso receber. Meus últimos minutos com 34 anos estão sendo de uma angústia aguda. Mas depois, eu prometo, vou voltar outra. Mais madura. Com 35. Capaz de olhar toda minha vida, meus limites e minhas fraquezas com muito mais ternura. Que assim seja.



Amanhã ele está chegando. Meu dutch Prince. Vou fazer uma festa para meus amigos mais próximos e para minha família. Estou morrendo de medo de ninguém vir. De eu ficar sozinha com um bolo no colo. Estou morrendo de medo dele chegar e não gostar mais de mim. É o que eu sempre digo. É um mundo repleto de gente carente lá fora. A gente só está buscando amor.


Um comentário:

Anônimo disse...

Happy B-day!
Fugindo a gente acha muitas coisas perdidas no(s) caminho(s).