quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CAFÉ NA CAMA


Sabe uma das coisas que eu mais amo? Acordar cedo e ficar de pijama deitada na cama por um tempão. Quando eu falo acordar cedo não estou falando de acordar às 7h da manhã não. Tô falando de acordar às 5h40. Ficar lagartixando até as 6h. Então descer e preparar um café. Mamão papaya com aveia e mel. Pão integral com cottage e aquela geléia francesa sem açúcar que eu adoro. Uma xícara de leite espumado com Nespresso. Yes, nós temos Nespresso. De acordo com o K a Nespresso é uma revolução na arte de levantar da cama de manhã. Um café desses faz você ter vontade de sair debaixo do ededron. Então eu coloco tudo em cima de uma bandeja e subo para o quarto com o jornal do dia embaixo do braço. Puxo o netbook que fica na mesinha de cabeceira para o colo. Vou folheando os cadernos. Tomando meu café. Assistindo o jornal da manhã. Quando dá 8 horas eu já tomei café, li e assisti todas as notícias, respondi emails, organizei agenda. Só então vou tirar o pijama, tomar um banho e sair para a vida. Não é todo dia que dá para fazer isso. Como estou ficando cada dia mais gorda, tem minha corridinha que eu tento privilegiar. Tem dia que tem yoga. E tem dia que eu preciso estar 8 horas em algum lugar, daí o pijama precisa cair fora bem antes. Mas pelo menos uma vez por semana eu tento começar meu dia na cama. Pegar leve. Desfrutar desse prazer. Eu estou recomeçando minha vida do esboço. Voltei para SP esse ano e todo mundo sabe que eu não tenho mais 20 anos. O esforço é maior e o tempo é menor. Se eu não for generosa comigo. Se eu não respeitar meus limites, não tem como sobreviver por muito tempo. Hoje eu ia correr. Levantei às 5h40, fui até o banheiro e senti meu corpo ceder. Olhei para meu rosto no espelho e fiquei com dó. Meus músculos ainda estão doendo da yoga puxada de ontem. Então falei para mim mesma, “Adriana, hoje você merece café na cama.” Afinal, o bom da rotina é poder quebrá-la de leve em dias assim.

Um comentário:

mari disse...

ainda bem que vc não decidiu ser uma "ex-escritora"... adoro seus textos!