Andei pensando ultimamente sobre os sonhos de vida. Quando eu era mais nova eu tinha muitos sonhos. Uma vontade gigante de ser e fazer. Parecia sempre que o mundo não era suficiente. Aos poucos essses sonhos foram enfraquecendo, mudando, até que acabaram. Tenho sentido há alguns anos que não tenho um grande sonho. Uma grande vontade. Será que é um sinal da tal maturidade? Enquanto envelhecemos vamos perdendo a utopia de fazer algo significante na vida? Eu escrevo, é verdade. Não tanto quanto gostaria. É minha válvula de escape. Mas por mais apaixonada que eu seja por literatura, escrever não é um desafio para mim. É orgânico. É o que eu sou. Não é algo que eu anseie ou busque com uma vontade descabida. É algo que eu possuo e sei que jamais vai me abandonar. Então como fica a necessidade de se realizar? De conquistar algo com esforço? De estabelecer um objetivo inalcançável e conquistá-lo apesar de tudo e todos? Em que momento a vida entra no piloto automático? Quando foi que a gente se acomodou na zona de conforto até o ponto em que não se enxergar mais as fronteiras dos que nos maravilha? Já saí pelo mundo buscando ser maravilhada, mas ainda preciso descobrir como fazer isso nos limites da minha casa.
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