terça-feira, 4 de novembro de 2014

CONTAGEM REGRESSIVA




Contagem regressiva para a minha grande viagem do ano! Verdade que já viajei bastante esse ano, mas tenho a proposta de realizar alguns sonhos de viagem. Desde que voltei do sabático (em que realizei muitos sonhos de uma vez), estou buscando ir para, pelo menos, um lugar dos meus sonhos por ano. 

Fui para a Patagônia em 2011. Para Bolívia, Noronha e Africa do Sul em 2012. Ano passado foi a vez de Cuba, sonho bem antigo. E esse ano vou - finalmente - realizar o sonho de fazer a Trilha Inca para Machu Picchu. 

A trilha Inca é um desses roteiros almejados durante a vida inteira. Desde a adolescência, muito antes de criar coragem de comprar minha primeira mochilona (uma "Trilhas e Rumos" azul, que era um sacão e eu usei até arrebentar no carrossel de bagagens de um aeroporto), eu queria ir para a Índia e fazer a trilha Inca. Curiosamente, depois de tantos anos na estrada, não realizei nenhum dos dois. 

Já tentei fazer a trilha algumas vezes no passado, cheguei a abortar em cima da hora em 2011. Quase que não rola esse ano também. É preciso reservar com bastante antecedência, e nisso fica uma das maiores dificuldades. A trilha é controlada. Permitem que apenas 500 pessoas estejam na trilha por dia, incluindo os guias e portadores. Veja bem, não são 500 pessoas entrando na trilha por dia. São 500 pessoas no total, do início ao fim. Levando em conta que a trilha leva 4 dias para ser completada, são cerca de 125 pessoas apenas entrando todos os dias. Também, só se faz a trilha com guia. Por mais que você seja experiente, não rola de chegar lá de alegre e subir pelo clássico caminho que os Incas usavam para chegar até Machu Picchu. Claro, existem trilhas alternativas, que também eram usadas pelos Incas, mas quem é montanhista sonha em um dia fazer a trilha clássica. É quase um ISO9000 no currículo de qualquer mochileiro que se preze. Viajantes do mundo inteiro tem essa viagem em seus “To do lists”. 

Esse ano fiz minha reserva em Março (o ideal mesmo é reservar com um ano de antecedência). Conseguir encaixar na agenda não foi fácil. As vagas para junho ou julho, que é a alta temporada da trilha, estavam esgotadas. Tive que me organizar para ir agora, em Novembro. Mesmo assim, quase fico sem essa vaga também. 

Daqui uma semana vou estar em Lima, começando quinze dias de uma viagem que sonho há muito tempo em fazer. O roteiro fechei todo no último final de semana. Alguns dias em Lima, visitando restaurantes - e provando o que a Condé Nast Traveller elegeu como a capital gastronômica da América Latina. Cusco por alguns dias, para me adaptar à altitude. Quatro dias da clássica trilha, na floresta, acampando e tirando fotos. Machu Picchu, que vem com a promessa de ser um dos lugares mais impressionantes que se pode visitar na vida. Depois Puno, por dois dias, apenas para conhecer o maior lago da América do Sul, o Lago Titicaca. (Gente, tenho crises de riso com o nome desse lago... muito boba!) 

Ultimamente eu não tenho atualizado muito esse blog, mas se tem uma coisa que eu adoro fazer é escrever sobre minhas viagens. Então, abrindo a contagem regressiva para a aquisição de uma das figurinhas mais ambicionadas do meu passaporte, vou fazer uma coisa que nunca fiz por aqui: Nos próximos dias vou falar sobre a preparação da viagem, planos, reservas, as pesquisas e expectativas, antes do diário de bordo que vai começar dia 11, terça-feira que vem. 

Como toda véspera de viagem, eu estou atolada de trabalho, varando noites para dar conta de preparar tudo para poder sair. Muito do “caminho das pedras” para realizar esses sonhos está exatamente nesses 7 dias que antecedem o embarque. 

Então, acompanhem. De certa forma, a viagem já começou. ;-)

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