"...estou procurando, estou procurando. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi." (Clarice Lispector - Paixão Segundo GH)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
AZUL DA COR DO MAR
Tim Maia tinha um medo danado de avião. Nunca veio até a Riviera Francesa para ver a cor do Mediterrâneo. Mas ele devia estar imaginando esse mar quando escreveu a música. O Mediterrâneo é lindo. Lindo! Lindo! Lindo! Não vou cansar de dizer isso. Porque quando a gente se depara com aquela imensidão, com aquela cor que parece até pintada de canetinha, as palavras somem, a língua trava e é a única coisa que sai. Lindo! A Van me disse que é lindo e único assim por causa das pedras. As praias são todas de pedras e é esquisito, porque a gente cresceu fazendo castelinho de areia e correndo onde as ondas quebram. Aqui nada disso. As crianças vão pulando para não machucar os pés e jogam pedrinhas umas nas outras. Imagina aquelas vezes que você está deitada tomando Sol e tem sempre um grupo de pentelhos jogando areia na sua perna... é machuca! Também, não dava para ter tudo. O que mais eles queriam? Eu já estou com uma meia dúzia de hematomas daqueles bem redondinhos, de ficar deitada e virando igual frango assado em cima das pedras. Mas eu sou café com leite. Fico roxa até com vento forte. Então depois de torrar no Sol da Riviera, eu pulo naquela água surreal, que é geladinha e refrescante. Sem uma onda que seja. Como uma enorme piscina natural, que deixa o corpo todo salgado depois. S é meio hiperativo. Precisa estar se mexendo o tempo todo. Corre todos os dias, não para quieto muito tempo. Então ele queria mergulhar terça-feira. Não foi preciso muito esforço para me convencer. Mergulhar nesse mar aburdo??? Ah! Quem não quer? E fomos. Passeio de barco pela costa de Nice, então colocamos os wetsuits e caímos na água. Cada um teve um instrutor acompanhando. Eu achei que ia ficar apavorada com o respirador e a idéia de depender de um tanque de oxigênio para minha vida, mas me saí bem como se tivesse nascido para isso. Passeei entre os recifes de corais. Vi uma moréia linda. Coloquei a mão em uma anêmona e, embora o som não se propagasse embaixo do mar, juro que gritei quando ela grudou no meu dedo. Depois, era babar. Nadar entre os cardumes de peixes multi-coloridos. De vários tamanhos, de todos os formatos. Uma aventura que eu só tinha visto em filmes. E eu estava ali. Inteira. Vivendo. No meio do Mediterrâneo, nadando com os peixes. Eu que queria tantas maravilhas, mal estou acreditando nas que estou vivendo. Como eu disse, tem coisas que só há um jeito de descrever: Lindo!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Aaaaaaaaaaah, agora fiquei com uma saudades louca de mergulhar no mar do Caribe... rs
Mergulhar é quase como partir pra outro planeta, gravidade zero, todas aquelas maravilhas... Amo!
Saudades imensas! beijo
QUE LINDO!!! Quem sabe depois q vc escrever seu livro, ele não vire um filme?!?! Q nem "comer, rezar e amar"... why not? Então sim, será literalmente um filme!!! APROVEITE MULHER!!!! Viva eu conto de fadas q tanto sonhou!! Etou até começando a acreditar em fairytales!! ;)
P.S.: adorei a lembrança sobre mim!
Bjnhos
Postar um comentário