Andei sem postar não porque tinha feito a proposta de só
falar de coisas boas e não estava conseguindo. Só por falta de tempo mesmo. Mas
ontem foi um dia tão... tão... que achei que seria mesmo um desafio falar
coisas boas dele. Cansada, atrasada, sobrecarregada, triste, com dor de dente,
a gata doente, TPM... Vai, fala algo de bom de um dia assim! Tenta! A gente
acaba ficando com o pavio curto. E comendo Nutella de colher. E mandando a yoga
catar coquinho na esquina. É assim que funciona. Até queimei miojo ontem! Juro.
Depois trabalhei até às 2h. Mas deu tempo de parar um pouquinho e fofocar com a
Manú sobre nossa próxima viagem. Se tem algo que muda completamente meu humor é
planejar viagem. Eu vou de velhinha rabugente pra Polyanna otimista em dois
segundos sem escala. E nossa próxima viagem vai ser daqui 15 dias. Vou realizar
um sonho: conhecer Fernando de Noronha. Melhor! Fiz um curso de mergulho nesse
final de semana e vou fazer meu batismo lá. Eu tinha uma visão completamente
diferente do que era um batismo de mergulho. Achei que ia ser algo mais
poético, tipo, alguém jogando água na minha cabeça e eu me tornaria uma “mergulhadora”.
E depois ia ficar nadando com os peixinhos, beijando as moreias, abraçando
tartaruga. Na prática não é bem assim. Um batismo de mergulho é uma série de 4
mergulhos divididos em 2 dias em que eu preciso mostrar para o instrutor que eu
não vou morrer afogada quando eu for mergulhar. Eu preciso mostrar que eu sei
montar o equipamento, colocar adequadamente. Verificar se ele está apropriado.
Entrar na água, fazer a descida. Então eu preciso mostrar que eu sei como fazer
caso o respirador escape, eu perca a máscara. Tirar a máscara embaixo d’água,
tirar água de dentro da máscara. Tenho que fazer uma série de simulações de
falta de ar, de acidentes com o cilindro. Fazer subidas de emergência e
simulações de controle do acúmulo de nitrogênio no corpo. Tudo para garantir
que eu não tenha que ficar em uma câmara hiperbarica quando sair da água. Fora
os exercícios de navegação e flutuabilidade, para mostrar que eu não vou
afundar além do limite que eu sou capacitada. Como mergulhadora de águas
abertas eu estou apta a descer até 18m de profundidade desde que não entre em
locais confinados ou com teto (cavernas ou naufrágios). Depois disso tudo, ele
vai me deixar brincar um pouquinho com as tartarugas marinhas. Fora que a
brincadeira é uma pequena fortuna. De qualquer forma, estou em êxtase! Vou
tirar minha carteirinha PADI em um dos maiores paraísos de mergulho da Terra.
Quando eu penso nisso não tem dor de dente, nem rabugice, ou TPM. Mas a gata
ainda está doente...
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