Eu já fui uma pessoa baladeira. Essencialmente boêmia. Há 15 anos não me passava pela cabeça ficar em casa em um sábado à noite. Ou uma sexta-feira à noite. Ou qualquer outro dia à noite. A noite era uma criança, e eu juro que conhecia metade de São Paulo. De bar em balada, dançando rock, eletrônico, festas. Muito álcool. Hoje não sei onde essas pessoas todas foram parar. Não sobrou nenhum amigo de balada. Nem unzinho. Eu comecei a mudar meu estilo de vida. Comecei a ficar mais caseira, mais reclusa, e as pessoas foram sumindo da vida. No final acho que era isso mesmo. Só tínhamos a balada em comum. Também não sei o que eu conversaria com essas pessoas hoje. Há um abismo entre aquela época e quem eu sou hoje. Dou graças! Gosto infinitamente mais da pessoa que sou hoje. Então sábado à noite para mim é bom para ficar em casa, vendo filme, lendo livro. Tomando uma taça de vinho e ouvindo blues. Isso é programão para mim. Às vezes também arrisco um jantar. Ou chamo alguns amigos em casa ou, como foi hoje, sou chamada para a casa de alguém. É sempre um prazer ir à casa da Lalau e do Fê. Casal mais querido e mais desencanado do universo. Eles são tão amados que a casa está sempre cheia. Chega gente, sai gente, abre mais uma cerveja, reabastece a tábua de brie. Entre conversas na varanda, ainda vamos alternando no campeonato de kinect. Melhor do que qualquer malhação! Fiquei 15 minutos dançando com a Valentina (filhinha do Fernando), e precisei passar o resto da noite me hidratando. Eu não sei quando acontece, mas existiu um momento em que eu abri mão dos mais de um milhão de amigos na pista de dança, para passar as noites de sábado dançando no computador com crianças de 7 anos. Posso confessar? Gosto muito mais dessa opção.
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