Sim! Bruxelas é antes de tudo o paraíso da cerveja. Dizem que toda a Bélgica. Eu gosto de pensar nisso como uma unidade de país. J Eu estou absorvendo essa cidade com todos os meus sentidos, e com um apurado senso exploratório. Hoje de manhã Karel disse que parece que eu estou aqui há meses de tanto que eu já descobri da cidade. Fiquei toda pimpona. Estou com uma predileção pelas cervejas trapistas. São cervejas feitas por monges no interior do país. Existem 7 cervejas trapistas no mundo todo. Seis dessas são produzidas na Bélgica. Claro que existem várias sub-linhas também produzidas em monastérios, mas são comerciais e não se enquadram na caracterização de trapista. Eu conhecia só a Chimay. Essa acho que é a mais popular. Existem alguns bares em São Paulo em que é fácil encontrar. Eu e o Alê tomávamos várias vezes Chimay pelas noites paulistanas. As outras fui descobrindo por aqui. Melhor, porque aqui elas tem preço de cerveja normal e não são tratadas como “vinhos sofisticados” como em algumas cervejarias do Brasil. De todas as trapistas belgas, só me falta uma. Que me disseram que é a top das tops. A Westvieteren da Sixtus. Dizem que se você provar essa, nunca mais vai provar cerveja da mesma forma. Hummm! Desafio intrigante. Vou hoje na Delirius fazer exatamente isso. Delirius é o nome de uma cerveja top. Acho que custa uns R$220 por aí. Aqui custa a bagatela de €4. Vem em uma garrafa grandona e com rolha de champgne. Tem um elefante azul no rótulo. Sim. O mundo é injusto. Ainda não tomei essa também, mas hoje acho que vou me jogar nas “extravagâncias”. Só o crème de la crème. Mas Delirius também é o nome de um bar aqui em Bruxelas que você se sente a pessoa mais sortuda e a mais azarada quando o descobre. Mais sortuda porque, entrar nesse bar é a mesma sensação que os primeiros arqueologistas devem ter sentido quando descobriram as pirâmides. A busca pelo Santo Graal. E a mais azarada porque depois de descobrir esse bar parece que todos os caminhos que você faz te fazem querer voltar para lá e você sabe que nunca mais vai ser feliz em um bar na sua vida. Fica no subsolo, em uma ruazinha atrás da Grand Place. Descendo as escadas você adentra um universo paralelo de mesas, barris, decoração kitsch e um cardápio com mais de 2000 cervejas. (DUAS MIL!!!!) É isso. Só cerveja. Mais nada. Tudo regado à melhor música dos anos 80. Você nunca mais vai ser o mesmo depois de descer aquelas escadas. Pense muito bem antes de fazer. É como uma viagem de heroína. Sem volta. Talvez também, em homenagem à minha irmã, eu resolva tomar uma cerveja de framboesa. As cervejas frutadas também fazem parte de um cardápio todo a parte. Morango, uva, cereja, mirtillo, groselha. Um verdadeiro festival de cerveja de berries. Eu não sou muito fã de bebida doce. Acho que tem tudo gosto de xarope. Mas, uma vez em Roma...
2 comentários:
Eu ja fui nesse bar, e incrivel!!! Tipo medieval.. vc se sente num filme! Aproveite muito!! beijos
Como diria o dono da funerária n'A Partida': "É maravilhoso. Infelizmente!"
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