terça-feira, 1 de junho de 2010

SÈSSO I LA CITTÀ

Era uma vez… quatro garotas lindas, mas muito diferentes entre si. Uma noite elas colocaram suas melhores roupas, um certo tanto de maquiagem, e se encontraram em um endereço famoso de uma grande metrópole mundial para pegar um cineminha e estender a noite em um jantar e cocktails... Você teve a impressão de já ter ouvido essa história, hum? Só que a metrópole em questão é Roma, e as ragazze: Erna, Karin, Rachna e titia aqui. Colocamos as melhores roupas que tinhamos em nossas bagagens (o que nem quer dizer muita coisa, ok) e fomos saltitantes até a Piazza della Reppublica assistir ao segundo filme. Estar sem um parzinho que seja de saltos me fez falta, juro. Mas valeu a intenção, e nem me venham dizer que o inferno está cheio delas porque é mentira. Eu estava com medinho de ver o filme e ser uma porcaria. Vamos combinar que o primeiro não foi grande coisa assim. Mas vou ser completamente parcial (as usual!) e digo que esse é lindo sim, e tem amor. Amor de verdade. Coisa que eu não sentia no primeiro, e que muitas vezes faltava no seriado. Deixando todas as observações perfeccionistas de lado, e aceitando o filme como ele é, o publico já sabe mais ou menos o que vai encontrar. Carrie vai aparecer com alguns looks duvidosos, algumas coisas que a gente se pergunta “Quem foi que teve a idéia de colocar um ser humano vestido desse jeito pela rua?”. A experiência que elas tiveram no deserto foi way different da minha. A cena de Lisa Minnelli cantando e dançando “Single Ladies” da Beyonce é impagável e faz o cinema inteiro gritar e aplaudir. Os homens e os “peitorais” ao longo do filme também fizeram o cinema vir abaixo em suspiros empolgadíssimos (Karin até imitava um cachorrinho! Hilário!!!) Sarah Jessica Parker está muito magra. Demais. Mesmo mesmo. Está feio até. Às vezes fica apavorante de ver na tela. Aliás, tirando Kristin Davis, todas magras demais para a idade que possuem. Uma pena. Para aguçar só um pouquinho, Aidan aparece (AAAHHHH! Alguém me explica como é que Carrie deixou Aidan escapar, não entendo até agora!!!) E as situações que elas se metem são glamurosas em um tom completamente irreal, dá aquela aura de conto de fadas contemporâneo que, na minha opinião, é o grande segredo do sucesso da franquia. Todas as mulheres do mundo estão colocando suas melhores roupas e indo ao cinema com as amigas para ver esse filme, e isso é uma coisa que só mulher entende. Eu já falei várias vezes aqui em como eu acredito que o amor é uma força poderosa e transformadora. Na verdade o filme, como toda a série, é a história de quatro mulheres procurando amor. Cada uma ao seu modo, com a sua verdade. Mas é amor. Tem uma pessoa linda e que eu amo (que aliás encontrou o amor do jeitinho que procurava e está vivendo uma história perfeita, do jeito que ela merece), me ensinou que perspectiva é tudo. Saber o que se deseja é essencial. A gente busca o amor, a gente trabalha o amor na nossa vida. E o que recebemos é exatamente aquilo que pedimos. Exatamente. Sem mais, nem menos. Quando falo de amor, não falo apenas do amor de homem e mulher. Esse a gente também busca. É quase o Santo Graal! A gente procura amor, romance, às vezes só alguém para dormir de conchinha. Eu procuro uma grande história de amor. Que supere todas as fronteiras, que redefina minha existência. Aquele tipo de amor de deixar a perna bamba, de fazer tudo na vida fazer sentido. Amor besta, bobo mesmo. De dar frio na barriga só porque ele disse “Saudades!”. Mas também busco o amor que gera vida. O amor incondicional, humano e fraterno, que nos torna espelho de todos os outros. Amor que faz nossa vida absoluta, completa. Aquele que me dá a certeza de que nada de mal pode me acontecer, e que serei sempre amada, protegida e acompanhada. Essa é a força da vida. Ela que pratico todos os dias. Não é uma coisa fácil, visto que na maior parte das vezes eu tenho vontade de matar algumas pessoas. Mas é algo que se cria hábito. Como todas as demais coisas vitais na vida. Higiene emocional. Escolho amar, confiar e respeitar, antes de qualquer outra coisa. E o que eu ganho são noites como essa. Uma taça de prosseco rosè em Monti e as conversas mais profundas sobre exatamente esses assuntos. Sempre que converso com meus amigos do Brasil, me perguntam “Muitos italianos? Tem saído com os italianos?”. Mas a minha experiência romana tem sido totalmente mulherzinha. Tem sido sobre mulheres, amizade, e como todas elas, de tantos países diferentes, estão todas comigo em uma coisa: “Eu procuro amor.”. É importante ter perspectiva. Porque o amor também nos trás pessoas como Erna, Rachna e Karin. Completamente diferentes entre si. Cada uma procurando amor ao seu modo. Como eu estou longe de casa, sentindo falta da voz e dos abraços das minhas pessoas queridas, são elas que me abraçaram no final da noite de hoje, agradeceram por tudo e me garantem “Você vai encontrar, tenho certeza!”. Também tenho certeza de que cada uma delas vai encontrar amor. Mesmo porque, sem saber, já estão me dando tanto do que procuro.

Um comentário:

Ana Carolina Avilez disse...

Tenho mto a dizer, mas para que palavras qdo posso simplesmente dizer que ter pessoas de amor e que buscam o amor nas nossas vidas é o melhor amor que podemos ter!!
Esta é uma busca eterna, um caminho em que encontramos sempre Amor... nos lugares que queremos, nos que não imaginamos e ainda naqueles que temos certeza que não encontraremos!!
Há palavra mais bonita do que Amor?
Então em homenagem ao amor, fica aqui a minha declaração de amor... o amor de infância, que virou adolescente, que discretamente escondeu-se e que desabrochou novamente, em adulto, com um simples encontro virtual que este ano passou a ser real!!
Love u!!